Ações das Americanas transforman-se em “Penny Stocks”

Ações das Americanas transforman-se em “Penny Stocks”

Depois de bater a máxima em 2020 em R$ 29,24, as ações das americanas (AMER3) agora enquadram-se como “Penny Stocks” – ou seja, ações que valem menos de 1 real, fechando nesta quinta-feira (11), em R$ 0,56, após queda de 3,4% da véspera. Assim, a ação acumula queda de 38,4% em 2024 e de 45,6% nos últimos doze meses.
A atual crise do mercado varejista brasileiro juntamente com as inconsistências no balanço das Americanas desencadeada no início do ano passado, que ingressou com pedido de recuperação judicial citando dívidas superiores a R$40 bilhões, a Americanas vai propor aos seus acionistas, em assembleia geral extraordinária (AGE), a agrupamento de suas ações na proporção de 100 ações ordinárias para 1 ação, sem alterar a participação patrimonial no capital da companhia.

A proposta para o aumento de capital é no valor de no mínimo, R$ 12,4 bilhões e, no máximo, R$ 41,2 bilhões, com a emissão de 9.546.019.017 a 31.693.837.340 novas ações ordinárias, ao preço de R$ 1,30 por papel. Além disso, será debatida a aprovação do limite do capital autorizado, que será de 435,0 milhões de ações ordinárias

A assembleia geral para deliberar o tema, está marcada para 10 de maio e será exclusivamente digital, os acionistas terão até o dia 8 de maio para se cadastrar e fornecer os documentos que comprovem a sua qualificação.

Americanas (anteriormente Lojas Americanas e B2W Digital) é uma holding brasileira que atua principalmente no segmento de varejo. Fundada em 1929 em Niterói, no Rio de Janeiro pelo austríaco Max Landesmann e pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger.

A Americanas tem a sede na cidade do Rio de Janeiro e conta com quatro centros de distribuição, em Nova Iguaçu (Rio de Janeiro), Itapevi (São Paulo), e Recife (Pernambuco). No início de 2012, a empresa anunciou a implantação de um centro de distribuição na cidade de Uberlândia (Minas Gerais) para suas plataformas de e-commerce (Americanas.com, Shoptime e Submarino).

Até 2021, era controlada por três empresários: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira (Beto), o mesmo trio que comanda a ABInbev (fusão da antiga AmBev, com a Interbrew e, posteriormente, Anhauser Bush), GP Investimentos, América Latina Logística e outros grupos. O trio passou a ser acionista de referência da Americanas após a incorporação da Lojas Americanas.

No final de semana, Lemann comentou sobre a crise, afirmando: “estamos tentando salvar a companhia“.

Por Portal BR

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