Docentes e técnicos administrativos (TAEs) já estão em greve desde 11 de março. A mobilização foi organizada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e afeta pelo menos 30 universidades. Segunda-feira (15), mais 18 universidades federais entram em greve.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, aprovada com R$ 200 milhões a menos que no ano anterior, e os cortes realizados pelo MEC em 2023 desagradaram a classe. Os representantes do setor não ficaram satisfeitos com a promessa do ministro da Educação, Camilo Santana, de repor R$ 250 milhões. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) quer pelo menos R$ 2,5 bilhões a mais.
As reivindicações são: recomposição salarial e pela data base; restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino; reestruturação das carreiras dos docentes e técnicos administrativos; ampliação dos programas de assistência estudantil; revogação do novo ensino médio; melhoria das condições de trabalho; fim de assédios moral e sexual nas IFE; criação de condições efetivas que garantam a unificação entre ensino, pesquisa e extensão; revogação da Portaria MEC 983/2020; recomposição da força de trabalho por meio de concurso público; contra a PEC 32/2020 e qualquer outra contrarreforma administrativa que siga suas diretrizes; autonomia e democracia universitária; pelo fim da contribuição previdenciária de aposentados/as e pensionistas.
A Ifes também aprovou a participação na Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), nos dias 16, 17 e 18 de abril. O primeiro dia será marcado por uma audiência pública para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, às 16h.
No dia 17, as e os servidores públicos federais farão uma grande marcha em Brasília, com concentração às 9h em frente à Catedral, com saída em direção ao bloco K do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Já no dia 18, as categorias presentes realizarão suas atividades de mobilização específicas pela reestruturação das carreiras das e dos SPF.